Bastidores fiscais das marcas de luxo na China

Muitas marcas de luxo produzem na China, mesmo mantendo etiquetas como “Made in Italy” ou “Made in USA”. Essa estratégia visa reduzir custos operacionais e aproveitar incentivos fiscais locais, enquanto a etapa final de montagem ocorre em países ocidentais para agregar valor à marca.

Além da questão de imagem, o modelo envolve práticas como preço de transferência, permitindo que as empresas concentrem lucros em países com menor carga tributária e registrem custos onde os impostos são mais altos — reduzindo o impacto fiscal global.

Apesar de legal em muitos casos, essa estratégia pode representar riscos contábeis e reputacionais. Omissão da real origem dos produtos pode violar normas como as IFRS e gerar sanções de órgãos reguladores. Em tempos de ESG e maior cobrança por transparência, marcas que não se adaptarem podem perder espaço no mercado.

Para os profissionais da contabilidade, o tema reforça a importância do compliance tributário e da gestão estratégica das operações internacionais.

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