Escala 6×1: o que significa para os empreendedores?
A escala de trabalho 6×1, onde o colaborador trabalha seis dias consecutivos e descansa um, é amplamente utilizada em vários setores no Brasil. Para empreendedores, especialmente os que estão expandindo seus negócios e contratando funcionários, entender como essa escala funciona e as suas exigências legais e operacionais é fundamental.
COMO FUNCIONA A ESCALA 6X1?
Na prática, a escala 6×1 estabelece que, a cada seis dias trabalhados, o colaborador tem direito a um dia de descanso, que não precisa ser necessariamente no domingo, mas deve ser garantido ao longo da semana. Além disso, o trabalhador tem direito ao repouso semanal remunerado (RSR), que é pago e de concessão obrigatória.
PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES PARA O EMPREENDEDOR
Para empresários, compreender a escala 6×1 significa ajustar a operação para respeitar as normas trabalhistas, evitando passivos futuros. Por exemplo:
- Controle de jornada: É essencial manter registros de ponto para comprovar o cumprimento da escala, prevenindo problemas em fiscalizações ou ações trabalhistas.
- Pagamentos e cálculo de horas extras: Caso o colaborador trabalhe no dia de descanso, a lei exige o pagamento de horas extras. Assim, é preciso organizar as escalas para evitar comprometer o orçamento com custos adicionais inesperados.
- Planejamento de equipe: Em setores como comércio e serviços, que exigem atendimento contínuo, os empreendedores precisam planejar escalas para garantir a continuidade das operações sem sobrecarregar os colaboradores.
O QUE MUDA COM A ESCALA 4X3?
A implementação do regime de trabalho 4×3, caso a proposta de redução da jornada semanal para 36 horas seja aprovada, alteraria significativamente a rotina empresarial.
A escala 4×3 possibilitaria aos colaboradores trabalharem quatro dias consecutivos, com direito a três dias de folga, exigindo ajustes no controle de jornada e uma possível expansão da equipe para cobrir os períodos de folga sem interromper as operações.
Para os empreendedores, essa mudança exigirá um planejamento mais estratégico dos recursos humanos, uma vez que será necessário equilibrar a produtividade com os custos adicionais de novas contratações ou horas extras. Pequenas e médias empresas, em particular, poderão enfrentar desafios ao incorporar essa nova dinâmica sem elevar excessivamente seus custos operacionais.
Além disso, o novo modelo pode reduzir o absenteísmo e atrair talentos em busca de um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, tornando-se uma vantagem competitiva para empresas que aderirem ao regime. Contudo, também há o risco de aumento da informalidade, com empresas recorrendo a contratos de autônomos e PJs para reduzir custos trabalhistas.
Com a adoção de sistemas eletrônicos de ponto e plataformas de RH, o controle de jornada pode se tornar mais prático. Entretanto, será crucial uma gestão eficiente e aderente à regulamentação trabalhista para proteger o negócio e assegurar o bem-estar dos funcionários.